A origem do povoamento de Campinas está ligada à abertura dos caminhos para o sertão de Goiás e Mato Grosso, feita pelos paulistas do Planalto de Piratininga. Uma dessas trilhas, aberta entre 1721 e 1730, chamou-se "Caminho dos Goiases". Logo instalou-se um pouso para descanso dos tropeiros que utilizavam esse caminho entre as vilas de Jundiaí e Mogi-Mirim. Esse pouso ficou conhecido pelo nome de "Campinas do Mato Grosso" em razão da formação de tres pequenos descampados ou "campinhos" em meio à densa mata.
O povoamento efetivo começou com a chegada de Francisco Barreto Leme, vindo de Taubaté entre 1739 e 1744. Veio com sua família e conterrâneos e fixou-se em terras adquiridas do que era uma antiga sesmaria.
No ano de 1767, eram 185 as pessoas que moravam no bairro de Mato Grosso, segundo um recenseamento. A economia baseada na agricultura de subsistência e os recursos disponíveis eram mínimos Em 1772 foi solicitada licença para a construção de uma capela devido à grande distância das igrejas, mais próximas de Jundiaí. Através de pressões políticas as autoridades eclesiásticas concederam, em 1773, autorização para a construção de uma igreja Matriz, ao invés de uma simples capela. Isso significou a emancipação religiosa de Campinas, embora a vila continuasse dependente politicamente de Jundiaí No mês de maio de 1774, o então governador da Capitania de São Paulo, Morgado Mateus outorgou a Barreto Leme a fundação do núcleo e estipulou algumas medidas urbanísticas básicas para o local. No dia 14 de julho de 1774, em uma capela provisória, foi celebrada a primeira missa por Frei Antonio de Pádua, primeiro vigário da nova paróquia. Essa data ficou sendo a data of icial da fundação de Campinas. Já em 1775, foi criado o Distrito de Conceição de Campinas. Em 1797 foi elevado à condição de vila com o nome de São Carlos, surgindo assim o município com território desmembrado de Jundiaí. Eram 2107 habitantes e pouco mais de quatrocentas casas. A denominação de São Carlos nunca prevaleceu junto à população, tanto que no ano de 1842 a vila foi elevada à categoria de cidade com o nome, já tradicional, de Campinas.
A economia regional foi marcada inicialmente pela lavoura canavieira e a indústria açucareira, com uso significativo de mão-de-obra escrava. A economia passou, gradativamente, da monocultura açucareira para a monocultura cafeeira no início do século XIX. Em 1830, o café já estava consolidado na região, de modo que em 1854 haviam em Campinas 117 fazendas com a produção anual de mais de trezentas mil arrobas de café. A seguir, vieram os imigrantes europeus, substituindo"gradualmente, a mão-de-obra escrava nas fazendas, nas ferrovias, a partir da década de 1870. Aos poucos, apesar de ser uma sociedade conservadora devido à monocultura, ao patriarcalismo e a escravidão, o acúmulo de capital gerado pela a,gricultura desenvolveu o setor terciário (comércio e finanças), criando a infraestrutura capaz de organizar o crescimento industrial a partir do final do século XIX.¶ Atualmente Campinas tem uma área de 801 quilômetros quadrados, (fonte - Fundação Seade 93) com cerca de 910.663 habitantes (Fonte¶ Seplama - Deplan). O munictpio possui quatro distritos: Joaquim Egídio Sousas, Barão Geraldo e Nova Aparecida.
Hoje Campinas é uma das cidades que mais cresce no interior do Estado. Tem cerca de um milhão de habitantes e uma renda percapta de US 5.800 dolares, segundo estimativa da Secretaria Municipal de Planejamento.
Como todo grande centro, não perdeu de vista a prestação de serviços e a proposta de dar boa qualidade de vida a seus habitantes, acompanhando as novas tendências de mercado.
Campinas é geralmente apontada como uma terra de tradições. Coisa do seu passado, não se demora entretanto, na contemplação dos feitos de seus filhos, os quais durante dois séculos, trabalharam para construir uma grande cidade e se destacaram a impulsionar a economia paulista e lançar as bases do sistema ferroviário que conquistou as melhores terras para o café, trazido do Vale do Paraiba.
Esse passado glorioso, a gente campineira procura honrar, trabalhando para o futuro. Aqui a escolas de todos os graus, inclusive as suas Universidades, estão abertas para servir a São Paulo e ao Brasil. A sua rede hospitalar e procurada por brasileiros de todos os Estadas. A indústria em expansão e seu ativo comércio oferecem a São Paulo e ao país, notável contribuição.
A excelência dos serviços públicos concorre também para tornar Campinas uma cidade magnífica, onde se pode morar com conforto. Por isso somos uma cidade feliz, recebendo com alegria todos aqueles que nos visitam e apreciam a moderna arquitetura que roubou a cidade seu aspecto colonial. Nas ruas é marcante a presença da mocidade estudioso e no placidez dos bairros, jardins eternamente floridos enfeitam as residências, mesmo as mais modestas. Esses são aspectos característicos de Campinas, a despertar a atenção dos visitantes, que se deliciam no Bosque dos Jequitibas ou contemplam a grandiosidade da cidade do alto do Castelo.
Queremos que nos visitem, pois mais frequente mente poderemos oferecer a hospitalidade da boa gente campineira. E que o visitante aqui se encontre como em sua terra natal, porque Campinas orgulha-se em ser um pedaço de São Paulo, a serviço do Brasil.
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